projeto EcoAprender - Sangue na Lousa Quando a Sala de Aula Vira Campo de Batalha

Sangue na Lousa: Quando a Sala de Aula Vira Campo de Batalha

Um grito de alerta para o Brasil que assiste calado ao extermínio de seus educadores

projeto EcoAprender - luto pelas professoras mortas no parana - rosana e silvaneide

O Cenário do Horror

Em menos de uma semana, duas professoras tombam em escolas paranaenses:

  • Rosane Maria Bobato, professora de Língua Portuguesa e lecionava há mais de 29 anos na rede estadual de ensino do Paraná, morreu dentro do Colégio Estadual Santa Gemma Galgani, após passar mal durante o expediente. 

  • Silvaneide Monteiro Andrade, morreu após sofrer um mal súbito durante uma reunião no Colégio Cívico-Militar Jayme Canet.

escola amazonas

No Amazonas, a barbárie se repete:

  • Um diretor é esfaqueado múltiplas vezes por um colega professor. Câmeras registram a fúria sanguinária em plena sala vazia [matéria].
  • Um docente é agredido a pauladas na rua por pedir que uma aluna guardasse o celular. Seus algozes? O irmão e o namorado da estudante [matéria].

Estas não são tragédias isoladas. São sintomas de um sistema educacional em colapso, onde professores viram alvos de ódio, desespero e violência extrema.

Os Números que Escancaram a Crise FONTE 1FONTE 2FONTE 3

  • Ataques triplicados: Em 10 anos, a violência escolar cresceu 143,5%. Só em 2023, 13,1 mil vítimas buscaram atendimento médico.

  • Mortes que chocam: 49 vidas perdidas em ataques escolares entre 2022-2023.

  • Retrato da desproteção:

    • 50% dos casos são agressões físicas;

    • 23,8% violência psicológica;

    • 78% dos agressores têm menos de 18 anos.

"Professores são linchados simbolicamente todos os dias: Por políticas de metas desumanas, por salas superlotadas, por discursos de ódio que os transformam em inimigos públicos."

Oswaldo Lirolla

As Raízes do Pesadelo: Por Que Chegamos Aqui?

Niilismo Digital (visão de mundo que, influenciada pela tecnologia e pelas mídias sociais, leva à crença em um vazio existencial e na falta de significado na vida):

Fóruns online glorificam violência como “zoação”. Jovens desconectados da realidade buscam pertencimento em comunidades que banalizam o massacre.

Desmonte Estruturado:
Terceirização, militarização e cobranças absurdas adoecem profissionais. Escolas viram campos de batalha ideológica, onde educadores são carneiros sacrificiais.

Cultura do Ódio Institucionalizada:
A desvalorização docente virou política. Quando um professor ganha menos que um motorista de app, a sociedade diz: “Seu trabalho não importa”.

Falência das Redes de Apoio:
Falta psicólogos, assistentes sociais e protocolos de acolhimento. A Lei 14.819/2024 (Política Nacional de Atenção Psicossocial) ainda é letra morta.

*rádio senado

O Grito Silenciado: Saúde Mental em Frangalhos

Não são apenas facadas e pauladas. A violência que mata professores começa com:

  • Tortura psicológica diária: ameaças, humilhações, injúrias racializadas;

  • Sobrecarga insuportável: jornadas triplas para sobreviver;

  • Solidão institucional: quando a direção vira as costas ao assédio.

Resultado? Corações que não resistem. Pulmões que colapsam. Mentes que desistem. Rosane e Silvaneide são vítimas dessa guerra invisível.

Oswaldo Lirolla

Basta! Um Apelo às Autoridades e à Sociedade

Para Governantes e Legisladores:

  • Implementem  a Lei 14.819/2024, com verbas reais para psicólogos em TODAS as escolas;

  • Criem delegacias especializadas em crimes contra educadores;

  • Proíbam a terceirização predatória que transforma escolas em linhas de produção.

Para Escolas e Gestores:

  • Substituam portões blindados por escuta qualificada;

  • Transformem conselhos escolares em comitês anti-violência com poder real;

  • Protejam professores ameaçados, NÃO os transfiram como “solução”.

Para a Sociedade:

  • Exijam que candidatos incluam educação no centro de seus planos;

  • Denunciem agressões nas redes: não compartilhem ódio, reportem!

  • Abracem um professor hoje. Digam: Sua vida importa”.

“Mataram uma professora. No outro dia, a aula seguiu normal.”

Pelas Rosanes, Pelas Silvaneides

Esta frase – dita por um colega de Rosane – sintetiza nossa barbárie. Normalizamos o aniquilamento de quem forma gerações. Aceitamos que educadores sangrem em salas vazias, sob aplausos de algoritmos misóginos.

Rosane e Silvaneide tinham nomes, histórias, sonhos. Não foram “incidentes”. Foram assassinadas por um projeto de sociedade que troca livros por facas, diálogo por discursos de ódio, vida por likes.

Chega de velas no chão da escola. Acendamos a revolução que salvará nossos professores.

“Quando a educação não é prioridade, o funeral vira rotina.”

#ProfessoresEmRisco #ChegaDeSangueNaLousa

Oswaldo Lirolla
CEO do Projeto EcoAprender